segunda-feira, 5 de julho de 2010

Campanha

Oi gente!

Queria começar contando-lhes uma história da qual participo indiretamente até hoje.

Bom, no final da década de 60, Maria Aparecida Alves, aos 18 anos, apaixonou-se por um rapaz da cidade e acabou engravidando. O pai da criança se recusava a assumir, deixando-a sozinha nessa terrível situação. Como todos podem imaginar, foi o escândalo da década, uma menina de 18 anos mãe solteira. Enxotada pelo pai, a contragosto da mãe que pouco podia fazer numa época marcada pela submissão feminina e uma sociedade puramente patriarcal, abrigou-se na casa de amigos da família, até que sua filha nascesse.

Uns meses após o nascimento da sua menina, conheceu um rapaz, um bom rapaz, de bom coração, que estava disposto a assumir a menina (o que era muito incomum naquela época)e casar-se com Maria.
Os dois foram morar juntos e Maria engravidou de novo,no final da gestação muito complicada, descobrem que ela está muito doente. "Câncer no sangue" diz o médico. Insuficiência de leucócitos, problemas imunológicos graves... Leucemia. Após o parto, a doença devastou Maria e todos que a rodeavam. E a bebê que acabara de nascer, Ana Paula, também não estava bem, devido à problemas herdados de sua mãe.

Com quatro meses de vida Ana Paula morre, e dois dias depois, sem nem saber da morte da sua filha mais nova, Maria falece também, aos 21 anos de idade, deixando para trás sua filha mais velha com 3 anos, órfã de mãe, sem pai, e também sem sua irmãzinha.
A filha mais velha, é a minha mãe.

Que nunca superou o fato de ter perdido sua mãe. E por ter sido tão precoce, restaram-lhe vagas lembranças dela. Essa falta que a vó Cida deixou não somente na minha mãe, mas na minha bisa, e até mesmo em mim.. Que de tanto ouvir falar e ver a emoção que não foi superada mesmo 37 anos após a morte da minha avó, tenho ela hoje como meu anjo da guarda eleito, e sei que onde estiver ela sabe do amor e do respeito que tenho por ela.

Essa história foi apenas para mostrar que a falta que uma pessoa faz, arrasta-se por gerações, sangrando a cada aniversário, a cada lembrança, a cada ausência.
E principalmente para divulgar a campanha de doação de medula óssea.

Há 37 anos tudo era muito mais difícil, mas hoje há solução e há como ajudar.

Seja um doador, não só de medula, doe sangue.
Comunique algum parente próximo, e também seja a favor da doação de órgãos.

Quem doa, doa acima de tudo, VIDA E ESPERANÇA.

Levante essa bandeira, e seja um doador!

Para informações sobre a doação acesse:
Associação Brasileira de Linfoma e Leocemia

Obrigada!

Besitos,

@Fyndra

3 comentários:

  1. Eu consigo postar o coment...

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  2. Cá..
    JÁ ADORAVA ANTES DE SABER QUE ERA VC QUEM ESCREVIA!
    AGORA ADORO BBEM MAIS! HEHE!

    Linda campanha...

    Beiijão!

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